Tatuagem dói? E não sai mais?
As pequenas tatuagens, feitas com apenas uma cor, já podem ser eliminadas a laser. (Dizem que dói mais que se tatuar e o resultado nem sempre elimina as cicatrizes). Existem também as chamadas ‘tatuagens temporárias’: a de henna indiana, muito difundida atualmente e a pintura com genipapo, feita pelos índios amazônicos. Permanecem alguns dias sobre a pele, mas assim como o bronzeado adquirido nas praias ou nas câmaras de luz, estas são consideradas técnicas decorativas. Estão mais para pintura corporal do que para tatuagem, afinal, depois de algum tempo, volta-se ‘ao normal’. A verdadeira tatuagem não é feita para ser removida. O risco do arrependimento faz parte do processo de envolvimento espiritual pelo qual todo tatuado passa, mesmo que inconscientemente.
Fazer uma tatuagem não é o mesmo que entrar numa loja, escolher uma roupa, prová-la, comprá-la, levá-la para casa e, talvez, um dia, usá-la. Tatuar não é ‘vestir um desenho’, é marcar o corpo com agulhas e tintas, machucar a pele, sangrar, esperar a cicatrização… um processo que leva tempo, exige cuidados e, principalmente, dói! A dor não deixa dúvidas ao tatuado, de que ele não está apenas vestindo o desenho. Ele, com certeza, percebe que o desenho está ‘penetrando’ a sua pele e se tornará parte do seu próprio corpo.
Enganos acontecem de vez em quando, seja na escolha de um desenho para tatuar, seja na escolha de um tema ou mesmo na escolha do tatuador. Nem sempre esses três elementos se combinam bem… Mas esse é um risco calculado, que faz parte de um processo emocional, íntimo, pessoal, e mesmo social que envolve todo o ritual da tatuagem.
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